Os pensamentos dos justos são retos...” (Provérbios 12:5)
Uma das maiores características do Evangelho da Graça de Deus é a positividade intrínseca nas mensagens e ensinos ministrados. Isto se dá, é claro, porque através da revelação da Palavra, nós sabemos que toda a Obra de Cristo já foi feita, estando, portanto, totalmente consumada (João 19:28-30). Esta certeza nos traz a ideia real de que todas as benesses oriundas desta consumação realizada na cruz já estão em nosso homem interior (espírito). Ou seja, através do Evangelho genuíno nós aprendemos que fomos predestinados e chamados; fomos para sempre justificados, santificados e salvos; já estamos abençoados, curados, perfeitos e imaculados diante de Deus, entre outras maravilhas advindas da Obra do Senhor.
Quando a Graça nos é revelada e todo o entendimento desta Palavra entra em nossa mente, a nossa forma de pensar e ver a vida muda radicalmente. A partir disto, surge a questão: após conhecermos todas as maravilhas de Cristo em nossas vidas, como não passarmos a pensar positivo e, acima de tudo, como não acreditarmos na força de nosso pensamento com tudo que a Palavra nos revela a este respeito?
O grande questionamento daqueles que criticam a Graça é que, segundo eles, a doutrina do pensamento positivo seria fruto de doutrinas gnósticas¹ e, também, de ensinos originários das religiões orientais. Porém, o fato de correntes não-cristãs ensinarem a importância do pensamento positivo NÃO ANULA os ensinos bíblicos sobre a influência dos pensamentos para as nossas vidas. Afinal, em várias partes da Bíblia, em ambos os Testamentos, nós encontramos diversos ensinos acerca da relevância dos pensamentos dos filhos de Deus. O próprio Jesus, nos dias de sua carne, falou do assunto:
“Mas o que sai da boca procede do coração (da mente); e é isso o que contamina o homem. Porque do coração (da mente) procedem os MAUS PENSAMENTOS, homicídios, adultérios, prostituição, furtos, falsos testemunhos e blasfêmias. São estas as coisas que contaminam o homem...” (Mateus 15:18-20)
Quando uma pessoa é guiada eminentemente por sua natureza humana (carne), seus pensamentos serão de acordo com a influência produzida por esta natureza. Quando Jesus ensinou sobre este assunto, Ele ainda não havia subido à cruz e, muito menos, ressuscitado para vivificar espiritualmente o homem. Logo, naquele período, o que prevalecia era mesmo a vontade da carne (o mal) e não a do espírito que estava morto em pecados (Efésios 2:1). Nesta Nova Aliança em que estamos, porém, a natureza espiritual já foi vivificada e, por isso, agora nós temos condições de sermos guiados pelo Espírito Santo que habita em nosso espírito.
Se notarmos bem o ensino citado em Mateus 15, veremos a importância dos pensamentos. Jesus deixa claro que o que sai dos lábios produz frutos para o homem. Ou seja, o que proferimos – veja bem! – CONTAMINA a nós mesmos e a quem está ao nosso redor. Contudo, para que algo saia de nossos lábios, é necessário, antes, que PENSEMOS. Se por um lado a carne produz pensamentos negativos (como Jesus ensinou), por outro lado, a partir do Novo Pacto, nossa natureza espiritual (uma vez ativada pela Palavra) pode produzir bons pensamentos – pensamentos positivos – para CONTAMINARMOS positivamente a nós mesmos e aos outros também. Será que os cristãos que são críticos do pensamento positivo não leram estes ensinos de Jesus sobre o assunto? Provavelmente, não. Caso contrário, não ficariam por aí vomitando críticas estúpidas e